Turbinada? Nem tanto, mas tô correndo atrás.
Pilates, esteira, drenagem e a tal massagem modeladora. Ah, a massagem modeladora, me sinto a própria massa da padaria do Manuel ali da esquina. Amassa, estica, amassa mais um pouco, dá uns tapinhas, amassa de novo. Saio de lá moída, mas saio feliz. Com a doce ilusão de que ali deixei centímetros e centímetros de um tal pneuzinho.
Dieta é um capítulo a parte. Tem a do abacaxi, a da lua, a do carboidrato, a da proteína e sei lá mais quais. Há um tempo atrás ouvi dizer que para emagrecer tinha que separar a fome da vontade de comer. Nada mais óbvio. Mas, só agora tenho tentado. Quando quero comer alguma coisa, paro e penso: é fome ou só vontade de comer. Se for fome, vou lá e como. Dentro da idéia de comer de tudo, mas um pouquinho. Agora se for só vontade de comer bebo um copo de água e tento pensar em outra coisa. Tem dado certo. Não vou dizer que é fácil, não é. Sei lá, a vontade de comer está ligado ao prazer. O prazer de uma trufa derretendo na boca, por exemplo. Sai pra lá tentação. Só um minutinho que vou beber um copo de água.
Voltando. Ufa! Que água deliciosa
Depois ainda tem a dita cuja da balança. Só queria saber quem inventou este instrumento de perseguição. Perseguição sim. A gente passa a semana toda num esforço hercúleo tentando emagrecer e toda feliz subimos na bendita no fim de semana e ela acusa: menos 400 gramas, 400 gramas, como assim? Eu jurava que ia ser pelo menos 1 kilo. Mas, ela tá lá firme tentando me derrubar. Mesmo que as roupas mostre o contrário, que estou mais enxuta, ela continua me perseguindo.
Sei não, mas parece que agora prestes a deixar a casa dos trinta e bem perto da casa dos enta (Deus me ajude!) me parece tudo igual. Será?
Tomara que nos quarenta a coisa seja diferente: que eu releve os tais pneuzinhos, que eu coma com moderação, que eu pratique uma atividade física pela saúde, enfim que eu não leve a sério assuntos tão fúteis e mundanos, como querer ter um corpo de capa de revista. Mas que fique claro, que eu releve só um pouquinho e que eu não leve a sério estes assuntos só um pouquinho, só um pouquinho, viu?
O fato é: como gostaria de ter o corpinho de 25 com a cabeça que tenho agora. É chichê, mas agora vejo que é verdade.
E que venha os 40 que eu estou aqui firme e forte. Como diz o Roberto: “pode vir quente que eu estou fervendo”.
Patty Martins é jornalista e recentemente completou 39 anos.